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terça-feira, 2 de junho de 2015

Participação de Alexandre Caprio na matéria "FELIZES E SEM FILHOS" Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Francine Moreno, publicada em 02/06/15

Terça-feira, 02.06.15 às 00:00

Felizes sem filhos

Francine Moreno
Aumentou o número de famílias sem filhos no Brasil. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), casais que escolhem não ter filhos representam uma a cada cinco famílias no país, com um crescimento de 33% entre 2004 e 2013, de acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2014 do IBGE. E esse novo formato de família tem explicação.
A estabilidade financeira, por exemplo, é um dos motivos. O psicólogo cognitivo comportamental Alexandre Caprio afirma que financiamentos de casas e carros oneram o orçamento e comprometem a qualidade de vida do casal. "Ainda dentro da questão de planejamento financeiro, os pais incluem em tais responsabilidades o custeio de escola particular e do plano de saúde devido à queda de qualidade desses serviços públicos nas últimas décadas."
Com uma maior flexibilidade e liberdade, os casais sem filhos aproveitam para investir na carreira, estudar e financiar projetos. Assim como muitas mulheres e homens gostam de dormir noites inteiras, optam por ter tempo livre e sem preocupações para viajar nos finais de semana com os amigos e estabelecem rotinas sem se preocupar com as crianças. 
Por que não ter?
Uma pesquisa feita pela Open University mostrou que casais sem filhos se consideram mais felizes. Uma das causas é a dedicação de mais tempo para a manutenção do relacionamento. Carla Ribeiro, psicóloga clínica e hospitalar voltada para a saúde do homem, do Rio de Janeiro, ressalva que a afirmativa depende do ponto de vista de cada casal. E o que eles desejam para a relação. A psicanalista suíça Corinnne Maier escreveu o livro "Sem Filhos - 40 razões para você não ter", lançado no Brasil pela editora Intrínseca, que virou best-seller e questiona a vontade de ter filhos. 
Mãe de dois adolescentes e cansada do pensamento conformista que conclama mulheres e homens às alegrias da maternidade ou da paternidade, ela descreve com detalhes bons motivos para não sucumbir à tentação de enfrentar as consequências e os sacrifícios que a opção por ter bebês pode representar. Segundo ela, durante 20 anos, pais têm tido privações objetivas e subjetivas de lazer, vida conjugal, amigos e sexo. O livro mostra, assim, como a sociedade que privilegia as crianças, na verdade, penaliza os adultos. 
Deixou de ser uma opção
Casados há 18 anos, o comerciante Cláudio Lahos e a dona de casa Rita de Cássia Lahos nunca tiveram filho. Hoje, os parentes e as pessoas mais próximas ao casal entendem a decisão deles, porém, foram muitos anos pressionados para ter filhos. "Fomos muito julgados por não termos filhos. Culpavam nossa falta de filhos pela quantidade de cachorros que temos", conta Cláudio, que tem nove cachorros. 
Aos 56 anos, Cláudio reconhece que, se tivesse um filho, curtiria bastante. Já Rita de Cássia, hoje com 49, conta que pensou em ter filhos, mas depois dos 40 acredita que o tempo passou. "Quando me casei, já estava com 30 anos e a gente resolveu viajar, conhecer lugares. Depois dos 40 achei que passou da hora e deixei a opção de lado", diz.
Mesmo que hoje a pressão tenha diminuído, Rita de Cássia ainda escuta algumas críticas de pessoas mais curiosas. "Eles contam que vamos ficar sozinhos quando envelhecermos, mas se olharmos por essa perspectiva, há tantos velhinhos que têm três ou quatro filhos e não podem contar com eles", rebate. Sobre a velhice, mesmo que sozinhos, como sempre foi no começo, eles têm a certeza de que vão estar mais próximos. 

O dilema de ser mulher e mãe
O casal formalizou a união há cerca de um ano e, na sequência, começa a pressão da família e dos amigos para a chegada de um bebê. Tudo isso acontece, segundo Carla Ribeiro, psicóloga clínica e hospitalar voltada para a saúde do homem, do Rio de Janeiro, porque ser mulher e ser mãe é uma associação muito comum, mesmo nos dias de hoje. "Engravidar é algo que a família pensa que irá acontecer a qualquer momento da vida de uma mulher. Mas as cobranças maiores são quando a mulher se casa ou quando chega em torno dos 30 anos. Muitas famílias e amigos acreditam que a mulher sem filhos ou um casal sem filhos não estão completos."
E como os casais podem dizer que não querem filhos de forma elegante? Sem causar transtornos ou confusões entre familiares, amigos e colegas de trabalho? Carla afirma que esses casais precisam ser diretos e objetivos. "É necessário compreender que, nos tempos de hoje, os casais percebem outras necessidades. E se sentem mais à vontade para exercer suas escolhas. E ter um filho ou não, num relacionamento, é uma dessas escolhas", diz Carla. 
DICAS:
:: O casal que decide não ter filhos não deve se isolar e não se limitar apenas à interação com o outro. Conhecer novos lugares e pessoas sempre é bom. Aproveitar para viajar e conhecer culturas diferentes traz uma nova visão de mundo e dilui a pressão exercida pela família. Cultivar amigos e estar sempre participando de reuniões informais ou iniciativas sociais também renovam os ares dentro de casa e trazem sempre novas metas e desafios
:: Se o casal não consegue lidar com os corriqueiros questionamentos sociais de forma tranquila e prefere o isolamento, pets também são uma boa pedida. Cães e gatos trazem alegrias - e responsabilidades - que podem acrescentar muito no dia a dia. A terapia também é um ótimo imunizador das imposições sociais e sempre é indicada para melhorar o repertório e a assertividade
 
Fonte: Alexandre Caprio, psicólogo cognitivo comportamental 

Colaborou Ariane Godoi

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Palestra "Programa Aprendiz Legal: direitos do jovem aprendiz"

Palestra promovida pela Secretaria de Direitos Humanos de Tanabi pela Mestre em Neuropsicologia Ana Vitória M. de Toledo e Psicólogo Cognitivo-comportamental Alexandre Caprio com o objetivo de orientar os adolescentes a respeito dos programas de desenvolvimento profissional disponíveis. Os profissionais também deram dicas de como se destacar no ambiente de trabalho.

Alexandre Caprio em palestra "Programa Aprendiz Legal: direitos do jovem aprendiz"

Alexandre Caprio em palestra "Programa Aprendiz Legal: direitos do jovem aprendiz"

Alexandre Caprio em palestra "Programa Aprendiz Legal: direitos do jovem aprendiz"

Alexandre Caprio em palestra "Programa Aprendiz Legal: direitos do jovem aprendiz"

Alexandre Caprio em palestra "Programa Aprendiz Legal: direitos do jovem aprendiz"

Alexandre Caprio em palestra "Programa Aprendiz Legal: direitos do jovem aprendiz"

Alexandre Caprio em palestra "Programa Aprendiz Legal: direitos do jovem aprendiz"