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segunda-feira, 14 de julho de 2014

PALESTRA "APRENDENDO A LIDAR COM A FRUSTRAÇÃO", com ALEXANDRE CAPRIO

Palestra do psicólogo ALEXANDRE CAPRIO, sobre o tema "Aprendendo a lidar com a frustração",na Livraria Empório Cultural, Riopreto Shopping, dia 14/07/2014.


Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração"

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração"

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração"

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração"

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP

Alexandre Caprio ministra palestra "Aprendendo a lidar com a frustração" - Livraria Empório Cultural - SJRPreto/SP


segunda-feira, 7 de julho de 2014

Participação de Alexandre Caprio na matéria "Síndrome do Pânico tem motivações distintas na terceira idade", do Jornal Diário da Região, publicação em 04/07/14. Jornalista: Juliana Ribeiro 

SAÚDE
São José do Rio Preto, 4 de Julho, 2014 - 1:45
Síndrome do Pânico tem motivações distintas na terceira idade

Juliana Ribeiro


Stock Images/Divulgação
Envelhecer tem muitas vantagens. Mas, muitas vezes, sem aviso prévio, bate aquela tristeza por estar sozinho, receio de morrer sozinho ou de não pertencer mais a esse mundo tal como ele se apresenta na atualidade. E o que poderia ser encarado como um medo, uma ansiedade normal, acabar virando um transtorno, o transtorno do pânico, também conhecido como síndrome do pânico - que na população idosa tem algumas características particulares.

“O envelhecimento e a sensação de impotência em relação ao que não dominamos podem ser gatilhos poderosos. A sociedade exige um nível de atualização que as pessoas mais velhas podem não conseguir acompanhar. Um exemplo é o emprego da tecnologia. Aparelhos eletrônicos estão por todos os lados. Em portas de bancos, em caixas eletrônicos, sistemas de pagamento e meios de comunicação. As pessoas mais velhas sentem-se intimidadas e impotentes diante de tantas regras novas.

Quando começam a se adaptar, os aparelhos e as regras mudam, o que dá a sensação de não conseguirem acompanhar os mais jovens e de estarem 'ficando pra trás', explica Alexandre Caprio, psicólogo cognitivo-comportamental.
Para Ururahy Barroso, médico psiquiatra e psicoterapeuta, a Síndrome do Pânico pode se manifestar após os 60 anos por diversos motivos.

“Pode ser porque, durante a vida, a pessoa esteve envolvida com muitos fatores externos e, a partir de uma certa idade, ela começa a se voltar mais para si mesma. Sem contar que a partir dos 60 anos ocorrem muitas perdas e algumas pessoas não estão educadas emocionalmente ou têm inteligência emocional baixa, apesar da idade, para lidar com perdas, frustrações, conflitos, aflições, adversidades e contrariedades, que são as maiores fontes de transtornos emocionais”, diz.

“O Transtorno do Pânico é caracterizado por ataques recorrentes e imprevisíveis de ansiedade grave, em circunstâncias diversas, sem que haja riscos ou perigos reais. Dores no peito, taquicardia, formigamentos, tonturas, tremores, náuseas, sensação de morte iminente, em geral por ataque cardíaco, medo crescente de perder o controle e de enlouquecer são sintomas comuns”, explica Maria Lúcia Madureira, psicóloga e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental.

Stock Images/Divulgação
O que é a Síndrome do Pânico?

A Síndrome do Pânico, na linguagem psiquiátrica chamada de transtorno de pânico, é uma enfermidade que se caracteriza por crises absolutamente inesperadas de medo e desespero. De acordo com Ururahy Barroso, todo transtorno emocional ou comportamental é uma comunicação do espírito, da alma, do estado de infelicidade que a pessoa se encontra.

“A abordagem tem que começar do núcleo, para resolver definitivamente, caso contrário, a pessoa vai ficar tendo crises repetitivas e tomando remédio para sempre. O tratamento que resolve consiste muito mais do que apenas controlar os ataques de pânico, mas em agir sobre as causas de infelicidade e fazer a manutenção através de habilidades apreendidas na psicoterapia, evitando e desconstruindo as vulnerabilidades emocionais”, diz.

Ainda de acordo com o especialista, a Síndrome de Pânico manifestada através dos ataques de pânico são sintomas de intensa e prolongada ansiedade, de início súbito, onde o cérebro reage como se estivesse diante de uma catástrofe iminente.

“Tudo começa com um disparo inicial de ansiedade, como um alerta de perigo, que faz a pessoa sentir como se estivesse fora do controle. Nesse momento é que a crise é mantida, pois a pessoa começa a ter diálogo interno de desespero, e isso cria um círculo vicioso entre os pensamentos e as sensações”, diz.


Como tratar

O primeiro passo é a informação. O ataque é causado, basicamente, pela sensação de impotência, de incompreensão em relação ao que está acontecendo dentro de si mesmo. Saber que é um mecanismo de defesa e entender porque o coração e respiração aceleram, assim como as verdadeiras causas da tontura, náusea, transpiração e outros sintomas, é um grande passo.

“É como acender a luz de uma sala onde, antes, a escuridão e o desconhecimento pareciam tão ameaçadores”, diz o psicólogo Alexandre Caprio. Ainda de acordo com Caprio, a Terapia Cognitivo-comportamental tem alto grau de eficácia nesse processo. “O paciente aprende a respeito de si mesmo e percebe que o Ataque de Pânico não se sustenta sozinho. Compreender que nosso corpo está apenas tentando nos proteger de um estímulo aversivo também destrói uma boa parte da tensão”, explica.

Mas esse é só o começo do trabalho, alerta o psicólogo: o verdadeiro vilão ainda está escondido. “São as crenças e os pensamentos que transmitem a ordem de ameaça ao cérebro e organismo. O processo terapêutico tem como objetivo identificar as crenças que levam o indivíduo a ter medo das coisas que acontecem em sua rotina e confirmar sua autenticidade. Em resumo, o paciente revisa seu ponto de vista em relação a si mesmo e ao mundo em vez de continuar dando crédito a seus erros cognitivos”, diz.

Sem a ordem de ameaça, continua Caprio, o corpo se desarma, e o transtorno passa a ser controlado. “Tanto em terapia como fora dela, técnicas de relaxamento são indicadas. Mas o relaxamento não funciona se o pensamento causador de todo o mal não for confrontado. Mesmo assim, se o ataque começar, o indivíduo ainda pode bloqueá-lo desacelerando a respiração. A sensação de estar sufocando torna essa tarefa relativamente difícil, mas não impossível. Se a entrada de oxigênio for controlada, as funções do corpo são restabelecidas vagarosamente, e os efeitos principais passam.”


Os 8 passos para se acalmar

A psicóloga e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, Mara Lucia Madureira,
lembra de oito passos para lidar com a ansiedade. “A chave para lidar com um estado de
ansiedade é aceitá-la totalmente. Permanecer no presente e aceitar sua ansiedade
a faz desaparecer. Para lidar com sucesso com a ansiedade, você pode utilizar a
estratégia “A.C.A.L.M.E-S.E.”, de oito passos. Usando-a, você estará apto a
aceitar sua ansiedade até que ela desapareça”, explica



:: 1 - Aceite sua ansiedade. Um dicionário define aceitar como dar “consentimento em receber”. Mesmo sem gostar muito, dê-lhe boas vindas como você daria a um hóspede inesperado e desconhecido. Não lute contra ela. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação

:: 2 - Contemple sua ansiedade. Olhe para ela sem julgamento: nem boa nem má. Apenas observe-a e avalie-a em uma escala de 0 a 10. Observe-a aumentar e diminuir

:: 3 - Aja com sua ansiedade. Normalize a situação. Aja como se você não estivesse ansioso, isto é, funcione com ela. Diminua o ritmo, a velocidade com que faz suas coisas, mas mantenha-se ativo!

:: 4 - Libere o ar de seus pulmões bem devagar! Respire calmamente, inspirando pouco ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca. Não sopre, apenas exale o ar lentamente

:: 5 - Mantenha a atitude e os passos anteriores. Repita os passos um a um. Continue a: 1) aceitar sua ansiedade; 2) contemplá-la; 3) agir com ela, e 4) respirar calma e suavemente, até que a ansiedade diminua e atinja um nível confortável

:: 6 - Examine seus pensamentos. Você deve estar antecipando coisas catastróficas. Você sabe que elas não acontecem. Examine o que está dizendo e pondere para ver se pode ser verdade

:: 7 - Sorria, você conseguiu. Merece todo o crédito e todo o reconhecimento. Conseguiu sozinho com seus próprios recursos. Não é uma vitória, pois não havia um inimigo, apenas um visitante de hábitos estranhos que você passou a compreender e aceitar. Agora saberá como lidar com visitantes estranhos

:: 8 - Espere o melhor. Livre-se do pensamento mágico de que você terá se livrado definitivamente de sua ansiedade, para sempre. Ela é necessária para você viver e continuar vivo. Em vez disso, surpreenda-se pelo jeito como você a maneja, como acabou de fazer. Esperando ansiedades no futuro, você estará em uma boa posição para lidar com ela novamente


Fonte: Estratégias cognitivo-comportamentais para lidar com a ansiedade (Beck, Emery & Greenberg). Adaptação de Bernard Rangé (1985)



"Eu tinha de dois a três ataques por semana"

:: “É uma sensação simplesmente horrível. Comecei a ter quando viajava com meu marido para visitar familiares. Durante a viagem, meu coração acelerava do nada e me dava uma falta de ar muito grande. A impressão é de que você vai morrer. Tudo que você mais quer é que não aconteça de novo. Mas passei a ter as mesmas sensações quando ia fazer compras, no banco ou pagar uma conta na lotérica.

Antes era só quando viajávamos, mas depois passou a acontecer em todos os lugares. Sempre o mesmo medo: medo de cair na rua e ninguém me socorrer. Em casa, principalmente quando ficava sozinha, também tinha medo de morrer e não ter ninguém por perto para me ajudar. Passei a ter entre dois e três ataques por semana, e vivia à base de remédios.

Então, um médico indicou a terapia e, nela, aprendi que o medo de ter o ataque acaba levando ao ataque. Quando aprendi porque ele realmente acontecia e mudei minha forma de pensar, melhorou muito. Ainda estou em tratamento, mas já não tenho crises há mais de três meses”


M.A.S, 58 anos

Participação de Alexandre Caprio na matéria "DORMIMOS JUNTOS, ACORDAMOS SEPARADOS", páginas 4 e 5, Revista Bem Estar, Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Gisele Bortoleto, publicada em 06/07/2014: