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terça-feira, 24 de junho de 2014

Participação de Alexandre Caprio na matéria "Para ser feliz, é preciso acreditar na felicidade, e querer", do Jornal Diário da Região, publicação em 24/06/14, jornalista Francine Moreno

http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Divirtase/Comportamento/192587,,Para+ser+feliz,+e+preciso+acreditar+na+felicidade,+e+querer.aspx


Comportamento
 
› Sorrir com o coração
São José do Rio Preto, 24 de Junho, 2014 - 1:44
Para ser feliz, é preciso acreditar na felicidade, e querer

Francine Moreno

Hamilton Pavam
Atriz Aline Alencar com os filhos João, Davi e Luhara: felicidade encontrada na vida no campo
O que faz você realmente feliz? É a conquista de uma casa confortável ou um carro novo? É saborear sua comida preferida, feita pela sua avó ou sua mãe? É dormir numa cama confortável, com lençol limpinho? É se reunir sem motivo com amigos no fundo de casa para fazer um churrasco? É viajar para aquela cidade dos sonhos ou ver o mar? É receber o abraço do filho? É receber promoção no emprego ou aumento no salário?

Ser feliz é algo subjetivo e cada um vai responder de uma forma diferente. O que é ser feliz para um, não representa ser para o outro. Pense no que te faz feliz e saiba que é importante aproveitar o que a vida disponibiliza de forma gratuita, assim como olhar as adversidades de modo diferente e desfrutar os momentos com alegria.

Aos 33 anos, a atriz e fundadora da Cia. Forrobodó, companhia teatral de Rio Preto, Aline Alencar, mudou-se, há cerca de oito meses, para uma chácara com os filhos Luhara, 13 anos, João, 8 anos, e Davi, 3 anos. Ela, que sempre morou na cidade, escolheu o lugar para ter contato com a natureza. Diariamente, ela acorda, molha as plantas, colhe as frutas e as verduras, tem contato direto com os animais. Consome o que planta e distribui o que colhe com os amigos e alguns projetos sociais.

No seu quintal, há árvores de banana, mamão, jaca, abacate, mexerica e acerola, além de horta. No espaço, ela também lançou um projeto chamado “Canteiro de histórias”, onde recebe crianças e as ensina a plantar, a ter contato com a terra, e ainda conta histórias. Segundo Aline, cuidar da roça virou uma paixão. Seu filho Davi também adora. “Meus amigos brincam que ele parece aquele menino criado no mato. Mas é algo da natureza dele.

Já Luara, que gosta de ler, encontra tranquilidade para isso. Enquanto João tem liberdade para brincar e se sujar livremente. Para mim, ser feliz é isso”, diz. No local, ela também confecciona os figurinos, os cenários e os bonecos do seu grupo de teatro, e ainda reúne amigos e parceiros profissionais para almoços e ensaios. Aline encontrou a felicidade desta maneira. Mas se você é um “workaholic” urbano, por exemplo, deve descobrir a sua e mergulhar nela, sem medo.

A felicidade não deve ser uma meta a ser alcançada ao final de uma trajetória, como um prêmio, mas, sim, uma sensação diária, ainda que em pequenos momentos ou gestos. “Cabe a cada um proporcionar a si mesmo momentos diários de prazer e alegria”, defende Heloísa Capelas, especialista do método Hoffman e autora do recém-lançado livro “O Mapa da Felicidade”. Heloísa revela que, independentemente de classe social, gênero, profissão ou idade, as pessoas querem a felicidade, mas não sabem como alcançá-la.

“Principalmente porque, durante a maior parte do tempo, tentam ser felizes de fora para dentro, ou seja, buscam o prazer em suas relações ou em conquistas materiais, sem tê-lo descoberto ou encontrado do lado de dentro.” Apesar de ser algo batido e muito abordado, o autoconhecimento é ainda uma ferramenta decisiva para alcançar a felicidade, que varia de pessoa para pessoa. A especialista alerta que é preciso não condicionar a própria felicidade a fatores externos, ou seja, depender de alguma coisa ou de alguém.

Segundo ela, a partir dessa consciência temos a oportunidade de modificar os padrões negativos de comportamento que têm nos impedido de ser feliz. “Em outras palavras, se você sabe como e quem você é, e de que forma chegou até aqui, tem a chance de identificar quais são os aspectos que realmente lhe importam e quais trazem aborrecimento, dor ou tristeza”, ensina. Nesta página, a convite do Diário, especialistas dão pistas de como encontrar a felicidade em diferentes esferas da vida.


Para ser feliz em família

Demonstre afeto e não perca oportunidades. Pequenas demonstrações valem muito. Seja um bilhetinho no bolso ou na lancheira, uma flor, um bombom, um carinho no cabelo, um beijo inesperado ou um abraço apertado. Faça uma refeição por dia, todos juntos, sem eletrônicos na mesa. Este momento junto evita tantos problemas futuros, já que você consegue olhar nos olhos uns dos outros e ver como vai cada um. Identifica como andam os gostos alimentares, as modas, as dores e muitas outras coisas.

Nutra bons sentimentos, por você e pelos outros. Não existe gente perfeita, somos todos humanos. Observe as coisas boas e fale sobre elas. Por exemplo: como seu filho é criativo, como sua filha é comunicativa, como seu marido é pontual, como sua esposa é caprichosa, como você é esforçado.

:: Márcia Regina Orsi é especialista em Terapia Familiar


Para ser feliz em sociedade

Conheça a si mesmo, com suas potencialidades e fraquezas. Isso gera um equilíbrio emocional que facilita muito a conquista de um estado de ânimo mais saudável e com um propósito de vida mais definido, Tenha objetivos claros e encontre um significado para esta existência, e para que possa enfrentar esta jornada de forma mais otimista e equilibrada, sem que seja muito afetado pela angústia de suas limitações e pela certeza de que somos inevitavelmente mortais.

Identifique os hábitos negativos e crenças limitantes. Assim temos a chance de promover mudanças positivas em nossa maneira de viver o que certamente nos aproximará muito do alcance de desfrutar de momentos e períodos de maior completude e felicidade.

:: Ada Assis e Silva é coach executiva


Para ser feliz no relacionamento

Não leve as coisas pelo lado pessoal. Quando, por exemplo, ele pergunta onde está a camisa azul dele, ele só quer saber onde está e não está te acusando de nada. Fantasiar de modo negativo o que poderia ser uma simples resposta evita desgastes. Sejam amigos e, principalmente, se tratem como amigos. Tanto no modo de se falarem, nos cuidados, na preocupação com o outro no dia a dia, no bom dia ao acordar e no como foi seu dia ao voltar.

A rotina árdua, estressante e monótona do cotidiano fica mais fácil quando compartilhada, fica mais segura, faz com que a vida a dois valha a pena. Tenha um objetivo, tenha admiração e respeite pensamentos do outro, assim como as dores, as decisões, os sorrisos, os medos e as alegrias nas coisas comuns.

:: Cristiane F. A. Lorga é psicóloga especialista em família


Desejos e talentos

É mais difícil desconstruir aprendizados do que construí-los. Não considere absolutas algumas verdades aprendidas desde a infância. Somos influenciados desde o nascimento. Herdamos estereótipos e pré-conceitos de nossas famílias, assim como passamos a perseguir uma imagem de perfeição que agrade, desde o papai e a mamãe até a sociedade. A menina deve brincar de bonecas, usar vestidos e ser recatada. O menino deve brincar de caminhãozinho, torcer pelo time do pai e ser médico.

Sem energia para cumprir tantas exigências, as pessoas estão recorrendo a ansiolíticos e antidepressivos para dar conta do recado. A impressão, para quem começa a arruinar a autoestima nesse processo, é a de que todas as outras pessoas estão conseguindo, menos ela. Não é possível obter realização pessoal com regras impessoais. Há um nítido esgotamento da sociedade em tentar encontrar caminhos formatados para a felicidade.

Estamos aprendendo e disseminando regras que não funcionam e, diante da sensação de vazio, nos sentimos frustrados e culpados. Através da leitura, técnicas de relaxamento e terapia, é possível desconstruir conceitos até então intocados e recriar uma condição, a partir do próprio eu, para alcançar a verdadeira satisfação e realização.

Cada um de nós possui desejos e talentos únicos. Devemos cultivá-los, desenvolvê-los, sem pensar se aquilo é a tendência do momento ou não. Somente quando aprendermos a dar valor ao que existe dentro de nós, seremos, de fato, felizes. E quando isso acontecer, não precisaremos nos sentir admirados pelos outros. E, exatamente por isso, seremos!

:: Alexandre Caprio é psicólogo cognitivo-comportamental


Próximo da felicidade e da plenitude

Responsabilize-se por tudo o que não deu certo: muita gente atribui a outras pessoas resultados eventualmente negativos que surgem ou surgiram ao longo da vida. É preciso assumir a responsabilidade pelas próprias decisões e escolhas. Escolha a positividade: ser positivo diante dos fatos da vida abre as portas para que se possa tirar proveito e desfrutar de todos os acontecimentos.

Pratique o perdão: transformar a si mesmo e escolher caminhos e comportamentos mais positivos envolve reconhecer os próprios erros e perdoar honestamente a si mesmo. É preciso reconhecer que somos apenas humanos e que, como humanos, falhamos.

:: Heloísa Capelas é especialista do método Hoffman (processo de autoconhecimento reconhecido cientificamente pela Universidade da Califórnia), e autora do livro “O Mapa da Felicidade” 

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