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domingo, 27 de janeiro de 2013

REVISTA BEM ESTAR "FÉ NA VIDA", de 27/01/13

Participação de Alexandre Caprio no artigo "Amor ou Amizade", páginas 10 e 11, Revista Bem Estar, Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), Gisele Bortoleto, publicada em 27/01/2013.

domingo, 20 de janeiro de 2013

A FELICIDADE NO RELACIONAMENTO DEPENDE DE VOCÊ

Participação de Alexandre Caprio em matéria publicada pelo Jornal Diário da Região, São José do Rio Preto/SP, jornalista Jéssica Reis, edição de 20/01/2013.
Fonte:http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Divirtase/Comportamento/123342,,A+felicidade+no+relacionamento+depende+de+voce.aspx


Comportamento
› Expectativas na medida
São José do Rio Preto, 20 de Janeiro, 2013 - 1:33
A felicidade no relacionamento depende de você

Jéssica Reis

ww.sxc.hu/Divulgação
Capacidade de reconhecer ideias agradáveis e sentir prazer no presente, independentemente de outras pessoas, posses ou condições físicas é a chave do sucesso
A verdadeira felicidade em um relacionamento depende de si mesmo, ou seja, o parceiro pode até completar no outro esse sentimento, mas não depender dele para ser feliz. Essa é uma regrinha que poderia facilitar uma relação amorosa, em que muitas vezes o casal cria um excesso de expectativa e insiste em responsabilizar o parceiro pela sua felicidade. É por isso que especialistas alertam que um relacionamento pode dar certo quando há, além de amor e desejo, individualidade.

Segundo a psicóloga Mara Lúcia Madureira, a felicidade é a capacidade de reconhecer ideias agradáveis e sentir prazer no presente, independentemente de outras pessoas, posses ou condições físicas. “A maioria das pessoas não consegue ser feliz porque não compreende a simplicidade do conceito e projeta a felicidade em outras pessoas, em tempos que não são o presente e em condições distintas da atual.”

A especialista afirma que as causas de estresse ou fracasso das relações têm mais a ver com expectativas irrealistas, não correspondência de expectativas básicas, cobranças desmedidas, medos irracionais, ciúme patológico, consumo excessivo de álcool ou outras drogas, falta de planejamento familiar e financeiro, interferência abusiva de familiares, discordância quanto à educação dos filhos, imaturidade emocional e problemas financeiros, do que com o formato da relação.

Ela lembra que pessoas adultas devem pensar em outras pessoas como desconhecidos que podem surpreender de modo positivo ou negativo. “Não é possível saber sobre a personalidade de uma pessoa em alguns encontros. O problema é imaginar a outra pessoa segundo os desejos e fantasias e não com base em evidências. Nesses casos, as chances de frustrações são grandes, porém, muitos ainda insistem em agir desse modo por motivos óbvios e inconsistentes, aumento das ilusões ou esperanças, presunção de adivinhações e impaciência”, afirma.

O psicólogo cognitivo comportamental Alexandre Caprio conta que sempre pergunta aos pacientes o que eles esperam de uma relação. E as respostas, geralmente, se resumem a uma lista de coisas que esperam que o outro faça por elas. “Raramente alguém diz o que gostaria de fazer pelo outro. Estamos procurando pessoas para atender nossas necessidades, e necessidade não é amor.

Amor é quando você gosta tanto de alguém que aceita se afastar se perceber que isso fará bem para essa pessoa. Posse é depender do outro para se sentir completo. Se você depende de outra pessoa para se sentir inteiro, não tratará o outro como um indivíduo, com sua própria identidade, mas como um acessório seu.” Ele afirma que atualmente as pessoas estão aprendendo que para ser é preciso ter. “Se o problema é carência afetiva, essa aprendizagem torna evidente que a solução também está no outro.

Nós estamos tratando as pessoas como se fossem produtos ou prestadores de serviços. Estamos deturpando o conceito de amor e transformando-o em um bem de consumo. Quando você não precisar ou depender mais do outro para ser alguém, poderá ter uma pessoa para compartilhar a sua vida e conhecer esse tal amor que tantos falam e poucos veem.”

‘Parceiro não é remédio’, diz Caprio 

Atualmente, é comum que as pessoas se queixem da insatisfação na relação, em especial no casamento. No início do século 20, o divórcio era criticado pela sociedade. Hoje, as pessoas casam-se, divorciam-se e casam-se novamente. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que em 2011 houve um aumento de 45,6% nos processos de divórcio ocorridos no Brasil.

Segundo a psicóloga Mara Lúcia Madureira, os casamentos contemporâneos são diferentes dos conhecidos pelas gerações anteriores. “As mudanças sócio-culturais transformaram o casamento em relações dinâmicas, sem predomínio hierárquico ou sexista, rigidez de valores ou regras hipócritas de comportamentos”, explica.

Para Alexandre Caprio os casamentos existem por meio da união de duas pessoas e eles são os verdadeiros responsáveis pelo seu fracasso. “O casamento não mudou, nós é que mudamos nosso conceito de relacionamento. Estamos olhando de forma errada para a situação. O casamento não está em declínio. Os relacionamentos é que estão, e isso, claro, abrange o matrimônio.”

Em alguns casos, é comum que as pessoas vejam no casamento um “remédio para tudo”, ou seja, uma oportunidade de morar fora da casa dos pais ou se livrar da solidão. Para Mara Lúcia a perspectiva de casamento como fuga da solidão e dos problemas familiares ainda é muito contemplada por jovens e adultos de todos os gêneros sexuais, que têm expectativas menos românticas e mais esperançosas sobre as chances de felicidade longe dos conflitos familiares e ao lado de um cônjuge.

Alexandre ressalta que parceiro não é remédio. “Não podemos usar as pessoas para tratar de transtornos de ansiedade, para nos sentirmos aceitos socialmente ou como mera válvula de escape sexual.”Para Mara Lúcia, o casamento deve ser encarado com uma sociedade, na qual o pensamento básico é o de que, se duas pessoas se associam por interesses comuns, além de preservarem sua individualidade, passarão a pensar e trabalhar para o bem comum, não mais cada um para si.

Já o relacionamento sério, ou namoro, deve ser visto como o compromisso de estar com alguém, considerando a possibilidade de evolução para um casamento ou não. “É o tempo necessário para conhecer outra pessoa antes de decidir viver junto e, depois de decidido, para planejar e viabilizar as condições do casal.”Independente do tipo de relacionamento, segundo a psicóloga, é fundamental, além do amor, o respeito recíproco e a responsabilidade no planejamento financeiro e na manutenção das qualidades relacional e habitacional. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

REVISTA BEM ESTAR "A VIDA DO FAZ DE CONTA", de 13/01/2013

Participação de Alexandre Caprio no artigo "Ilusão virtual", páginas 4 e 5, Revista Bem Estar, Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), Gisele Bortoleto, publicada em 13/01/2013.



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

COMO UMA ORIENTAÇÃO PODE MUDAR NOSSA VIDA?

Participação de Alexandre Caprio em matéria publicada pelo Jornal Diário da Região, São José do Rio Preto/SP, jornalista Francine Moreno, edição de 08/01/2013.
Fonte: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Divirtase/Comportamento/122279,,Como+uma+orientacao+pode+mudar+nossa+vida.aspx




Comportamento
› Me dê um conselho
São José do Rio Preto, 8 de Janeiro, 2013 - 1:45
Como uma orientação pode mudar nossa vida?

Francine Moreno

Divulgação
Para psicoterapeuta, mais do que orientar, conselhos têm a função de acolher, e devem vir de quem sente afeto por nós
Por um ano e meio, o designer Daniel Motta resolveu compilar conselhos. Ele colocou uma urna em mais de 30 pontos estratégicos de São Paulo, com papel e caneta. Nela, fez um pedido simples: “Me dê um conselho”. Em junho de 2012, o designer lançou em livro uma compilação com alguns desses conselhos. A obra “Me Dê um Conselho” “ (Editora Altamira, 256 páginas, R$ 50) traz sugestões como “Voe de avião e pule de paraquedas” ou “Ria de Si Mesmo”.

Paralelo ao lançamento do livro, Motta criou um site (www.medeumconselho.com.br), onde homens e mulheres em busca de orientação podem ler as dicas, comprar o livro e ter acesso a links como contato e página oficial no Facebook. Na página www.facebook.com/MeDeUmConselho, o escritor e designer divulga imagens originais dos conselhos.

A iniciativa proposta inusitada do designer paulistano chama atenção e sugere uma reflexão. Até que ponto um conselho é válido? Ele pode mesmo mudar uma história? Por que as pessoas gostam tanto de aconselhar?
Segundo o dicionário, conselho é parecer, juízo, opinião, assim como advertência que se emite; admoestação, aviso ou senso do que convém; tino, prudência e aviso.

Profissionais da psicologia, no entanto, afirmam que conselhos são experiências vividas ou aprendidas que podem ser transmitidas de uma pessoa para outra. Cada conselho contém uma visão de mundo própria do indivíduo que o transmite. Esses conceitos podem ou não ser verdadeiros ou aplicáveis a outro indivíduo. “Muitas vezes, eles podem ser produtivos, outras, engraçados e baseados em crendices”, afirma o psicólogo Alexandre Caprio.

Armando Ribeiro das Neves Neto, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, afirma que um conselho não é neutro, mas é resultado das experiências de vida, opiniões e informações disponíveis para quem o dá. “Quando buscamos um conselho, é fundamental lembrar que o emissor se confunde com o próprio conselho, portanto, poderá ser positivo ou negativo em relação aos resultados e expectativas do solicitante”, diz.

No entanto, quando um conselho é válido, ele pode abrir os olhos, incentivar. “Um bom conselho não dá respostas diretas, mas cria uma atmosfera ideal para que o solicitante possa tirar suas próprias conclusões e se responsabilizar pelos próprios atos. Um bom conselho pode ser um colírio para os olhos indecisos e incentivar a mudança de perspectiva”, afirma Neves Neto.

Conselhos vindos de pais, avós ou amigos experientes podem fazer a diferença diante de uma situação difícil. “O conselho bem intencionado pode mover montanhas, mas é preciso ter cuidado para não sermos guiados a tirar conclusões equivocadas e nos esquivarmos das responsabilidades pelas decisões. Às vezes, pais e amigos são ótimos conselheiros, mas podem ter uma opinião tendenciosa sobre o problema, e o pior, podem gerar tensão, pois criam expectativas sobre a ação”, revela Neto.

Renato Dias Martino, psicoterapeuta e escritor, de Rio Preto, afirma que, seja de quem for, mais importante que aconselhar é acolher. “Muitas vezes, o que acontece é que pessoas supostamente mais experientes acabam indicando certo caminho que dificilmente estará de acordo com a realidade daquele que vive a experiência, isso por não serem capazes de tolerar o processo de erros e acertos que é inerente ao aprender com a experiência.”

Cuidado com as ‘alfinetadas’

O psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto faz um alerta. “Cuidado com o erro comum de achar que se o conselho dói é porque tem razão. Nem todo remédio precisa ser amargo para curar uma ferida. Uma alfinetada não é uma boa estratégia para aconselhar alguém, pois pode gerar culpa, ressentimento ou mesmo evitação do problema. Lembre-se que o seu conselheiro não é dono da razão, e que ninguém sabe mais da sua vida do que você mesmo. Às vezes, uma alfinetada é um pequeno empurrão para sair da inércia, mas além de doer não significa que a pessoa estava certa”, diz.

Renato Dias Martino, psicoterapeuta e escritor, afirma que a verdade só é útil quando muito bem irrigada de afeto, de outra maneira se transforma em crueldade, e não pode existir aprendizado sob hostilidade. “Quando não é possível a continuidade do vínculo, o conselho se desfaz ou, ainda, vira uma regra fria e sem conteúdo. Dessa forma, não há como reverter a favor”, diz.

O psicólogo Alexandre Caprio afirma que quando alguém nos aconselha a fazer algo certo, no fundo, já sabemos que estamos fazendo do jeito errado. “Desta forma, o conselho é entendido como crítica ou até ofensa. Em vez de acolhermos aquilo de forma produtiva, repudiamos e afastamos as pessoas que procuraram nos ajudar. Sempre que alguém nos aponta uma falha que já sabemos que temos sentimos uma pontadinha dentro de nós.”

Responsável pelas próprias escolhas

Também é necessário ignorar alguns conselhos, principalmente quando se deposita a autonomia e a responsabilidade na fonte do conselho. “Opiniões são dados importantes para se tomar uma boa decisão, mas cada um deve ser responsável por suas escolhas. Às vezes, pessoas muito inseguras se tornam dependentes de conselhos para viver, e essa é uma forma prejudicial de se conduzir a própria vida”, afirma Armando Ribeiro das Neves Neto, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Renato Dias Martino, psicoterapeuta e escritor, afirma que é preciso não ouvir o conselho quando ele vier de alguém que não nos dedica afeto e, assim, não é capaz de oferecer um olhar de acolhimento. “O aconselhamento sem afeto é vazio. Além do mais, muito provavelmente esse suposto conselheiro deve estar mantendo certa intenção oculta, quando propõe essa ação ausente de carinho. Quer seja livrar-se de alguma frustração ou mesmo sentir-se superior.”

Também existe hora certa para aconselhar. Um momento ideal é quando o outro pede a dica. “Não devemos invadir a individualidade e o processo de tomada de decisões de cada um sem sermos solicitados. Quando nos pedem opiniões, é preciso refletir se temos experiência sobre a situação ou se estamos emitindo uma opinião rasa e superficial, que poderá confundir em clarear a situação”, afirma Neves Neto.