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quarta-feira, 27 de junho de 2012

PAIS SUPERPROTETORES ENFRAQUECEM OS FILHOS

Fonte: participação de Alexandre Caprio em matéria publicada pelo Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Francine Moreno, em 27/06/2012
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Divirtase/Comportamento/99423,,Pais+superprotetores+enfraquecem+os+filhos.aspx


Comportamento
› 'Blindagem de riscos'
São José do Rio Preto, 27 de Junho, 2012 - 1:45
Pais superprotetores enfraquecem os filhos

Francine Moreno



Hamilton Pavam
Em busca de equilíbro entre proteção e liberdade, Rogério Vieira Lopes, 37 anos, estimula os gêmeos Bárbara e Lucas, de 8 anos, a brincar: “A superproteção acabaria prejudicando o desenvolvimento dos meus filhos”
Mães, especialmente algumas de primeira viagem, costumam superproteger seus filhos. O instinto natural faz com que elas cuidem dos pequenos, colocando-os numa “bolha” ou “redoma de vidro”. O problema é que o excesso de atenção pode causar atraso no desenvolvimento deles e problemas emocionais como insegurança e dificuldade para fazer amigos. O correto, segundo especialistas, é ter cuidados, mas estimular a independência da criança por faixa etária.

Mas como deixar os filhos livres diante de tanta violência na rua? Diante desta sensação de um mundo cada vez mais perigoso, como não se encaixar neste perfil de pais superprotetores? Especialistas alertam que há perigo em todos os lugares e principalmente em casa. De acordo com a ONG Criança Segura, pesquisas mostram que uma das principais causas de hospitalizações são acidentes caseiros. Neste caso, ninguém está pedindo para você tentar deixar de lado a violência atual, mas sim orientar sobre os riscos de maneira geral.

Pais precisam deixar de lado a culpa e o medo de errar na hora de educar. A criança precisa ter autonomia e isso requer prática, paciência e ousadia. Antes disso, os pais precisam vencer os próprios medos. Se a criança caiu enquanto corria e o pai ou a mãe não estava por perto, saiba que isso é totalmente normal e necessário. Deixá-los cair faz parte do aprendizado e das boas lembranças da infância. É importante ter história de um dedo ralado para contar.

É preciso que as crianças tenham o mesmo tipo de liberdade que os pais tiveram quando criança e deixar que elas digam “eu mesmo fiz, sem ajuda do papai ou da mamãe”. É preciso não limitar a vida delas, mas alertá-las, por exemplo, sobre o trânsito, caso as crianças estejam em tempo de andar de bicicleta, ou informar sobre o perigo de falar com alguém desconhecido, quando estiverem em uma praça ou um clube. Ao orientar, você insere seu filho na geração de crianças realistas e alertas.

Hugo Ramón Barbosa Oddone, psicólogo e gestalt-terapeuta, afirma que a criança precisa manter contato com o ambiente natural e com outras pessoas. Principalmente hoje em dia, em que ela vive em cubículos de concreto, com pouquíssimo ou nenhum contato com a natureza, plantas, animais, outras crianças e seus processos vitais. “Muitas crianças conhecem a natureza pela mídia, internet, brinquedos de plástico e eletrônicos. Acabam achando que o leite vem da geladeira.”

Brincar é tão necessário para os filhos quanto dormir, alimentar-se e ser alfabetizado. É por meio das brincadeiras que a criança se realiza, cresce e regride, vive, sofre e resolve seus dramas, repete velhos roteiros e cria novos enredos, gasta e renova suas energias”, diz Oddone.

Todo pai deve garantir para os filhos o direito a brincar, um tempo e um espaço lúdico e, obviamente, colocar-se como parceiros para a brincadeira. “Os filhos vão agradecer e engrenar muito mais saudavelmente nos modelos de relacionamento propostos”, diz.

A criança precisa até mesmo chorar. “Conhecer a dor é, em geral, extremamente saudável para a saúde física e mental. Deixar a criança chorar é, na maioria dos casos, um bom treino para elas aprenderem a lidar melhor com a frustração e elevar essa capacidade”, diz.

Para ele, educar é saber dar o devido reconhecimento à beleza de ser e existir, é incentivar a criança a assumir os desafios e as contradições inerentes à existência humana, mantendo sempre o respeito pela existência e a diferença alheias.

Rogério Leandro Vieira Lopes, 37 anos, é um pai que encoraja seu filhos a brincar. Sempre que possível, os gêmeos Bárbara e Lucas Estrela Lopes, 8 anos, têm contato com terra. Com natureza. “Acredito que a superproteção acaba prejudicando o desenvolvimento dos meus filhos. Pais que não deixam os filhos terem seu espaço acabam privando-os de algumas situações e frustrações.

Vivenciá-las hoje fará com que sejam adultos mais preparados para encarar a sociedade, o mercado de trabalho.” Rogério conta com o auxílio da esposa Elizandra Lopes na busca do equilíbrio entre proteger e dar liberdade às crianças. “Conseguimos isso por meio do diálogo.”


Criança precisa aprender a ter limites

Quem superprotege demais tem dificuldade em falar não. E isso é ruim. Segundo o psicólogo Alexandre Caprio, as consequências podem ser sérias. “Todos nós estamos em um processo constante de aprendizagem. Mas nas crianças, esse processo é mais intenso. Ela aprende, por meio dos pais, a compreender os limites e regras que temos na nossa sociedade e até mesmo de nosso poder aquisitivo.”

Não tendo limites dentro de casa, a criança não respeitará também os limites que existem fora dela. “Não aprenderá a respeitar, por exemplo, o direito do colega ao lado ou manter-se disciplinada em sala de aula. Quando adulto, pode tornar-se egoísta, impertinente e tido como chato. Pessoas assim não conseguem trabalhar em grupo de forma harmoniosa. Por conseguinte, acabam tendo menos oportunidades profissionais e menos contatos sociais”, afirma Caprio.

Cabe aos pais reproduzir dentro de casa os limites que a criança encontrará em sua vida futura. “Apenas conhecendo e respeitando tais limites o indivíduo pode tornar-se um ser social, sabendo respeitar o espaço alheio e conquistando a aceitação que trará o devido merecimento e destaque”, diz.

A criança deve aprender por tentativa e erro. A mãe não pode querer vivenciar tudo pelo filho. “São as nossas crianças que vão ter de atravessar a distância entre o ponto A e o ponto B da experiência. Precisamos deixá-las vivenciar esses passos da forma que achem que devem fazê-lo. É a única forma que nossos filhos têm de aprender a autonomia. Ou seja, aprender fazendo, vivenciando, experienciando, e para isso, quanto mais cedo, melhor”, afirma o psicólogo Hugo Ramón Barbosa Oddone.

Há um tipo de autonomia importante com um ano de idade, por exemplo, quando eles estão aprendendo a caminhar, e outro, quando eles têm de prestar vestibular e morar em outra cidade. “São os nossos filhos que vão ter de tropeçar e cair nesta trilha para aprender a caminhar. Neste sentido, mais importante do que a dor da queda é a sensação de vitória de ter tentado, dado o melhor de si nessa situação. O que eles precisam é da nossa torcida, da nossa confiança irrestrita e incondicional”, diz Oddone.


domingo, 24 de junho de 2012

PALESTRA DE ALEXANDRE CAPRIO NA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

Palestra de Alexandre Caprio no 1o Seminário sobre Medo e Ansiedade, realizado pelo Instituto da Vida, na ACIRP-Centro, SJRPreto/SP, casa cheia.

Alexandre Caprio

Alexandre Caprio

Alexandre Caprio

REVISTA BEM ESTAR "AUTOAMOR", 24/06/12

Participação de Alexandre Caprio no artigo "Você acima da traição", páginas 4 a 7, Revista Bem Estar, Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP) em 24/06/2012.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

CONVITE


APRENDA A SE LIVRAR DO ESTRESSE DO DIA-A-DIA

Fonte: participação de Alexandre Caprio em matéria publicada pelo Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Francine Moreno, em 05/06/2012

Comportamento
› Tranquilize já
São José do Rio Preto, 5 de Junho, 2012 - 1:46
Aprenda a se livrar do estresse no dia-a-dia

Francine Moreno

Divulgação
Especialistas dão dicas simples de como amenizar os efeitos do estresse diário e viver melhor
Com o corre-corre da vida moderna, cada vez mais homens e mulheres reclamam que estão estressados. O que poucos sabem é que, com atitudes simples e sem precisar pagar nada, como exercícios de respiração, é possível reduzir os danos causados à saúde e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida e aumentar a sensação de bem-estar.

O Diário da Região apresenta hoje alguns ensinamentos e dicas simples para quem busca uma vida mais saudável e equilibrada. Armando Ribeiro das Neves Neto, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta que eliminar todo o estresse diário é impossível, mas dá para aprender a gerenciá-lo.

Respeite-se

Alexandre Caprio, psicólogo cognitivo comportamental, afirma que aprender a se respeitar significa, em grande parte, saber quais são os seus limites. “Saber dizer não é um excelente medidor de autoestima. Não deixe seus compromissos de lado para atender interesses alheios.”

Um ponto-chave é fixar horários para que possa cumprir com folga. “Muitas pessoas preferem dormir 30 minutos a mais para depois sair correndo pela casa e reclamando do trânsito. Se o dia começa assim, há forte tendência que ele continue assim. Não diga para uma pessoa que já está saindo, quando na verdade não está. Tudo isso gera pontos de estresse que refletem em todo o dia.”

É preciso organização da casa e da mesa de trabalho “de modo que você encontre um documento ou objeto com eficácia. Essas pequenas coisas também criam um desgaste acumulativo que vai se somar a outros aspectos do dia”, diz.

Desenvolva aptidões

Muitos dos problemas que causam estresse em nossas vidas só existem por falta de habilidade de lidar com eles. “Aprimore seus conhecimentos por meio da leitura constante de jornais, revistas e livros. Participe de cursos e aulas para desenvolver aptidões que eliminem problemas em vez de transferi-los para os outros ou conviver com eles”, diz Alexandre Caprio.

Para o psicólogo, é também importante cuidar da saúde física e mental. “Alimentação e exercícios físicos regulares são primordiais para elevação dos níveis de humor. A disposição física e mental ajuda na organização e eleva a atividade cognitiva, tornando a pessoa mais estimulada e motivada a resolver pequenos contratempos com maior rapidez”, afirma.

Abuse da tintas

Pintar quadros, por exemplo, ajuda a acalmar o sistema nervoso e tranquilizar a mente. De acordo com o artista plástica e professora Cristiana de Freiras, a arte de modo geral é uma grande aliada para aliviar o estresse, porque cria um momento em que a pessoa se concentra em uma ideia criativa.

Cristiana afirma que a cerâmica é indicada para quem quer contato intimista com a arte. “O barro tem a propriedade de tranquilizar”, diz. Já o mosaico exige concentração para organizar as peças, que são semelhantes a um quebra-cabeça. “Isso proporciona o desligamento das preocupações cotidianas.” A artista afirma que o uso das cores das tintas possibilita expressar sentimentos bons e ruins, como alegria e angústia.

Durma bem

Dormir bem traz efeitos positivos em todas as áreas da vida. Para que o sono seja perfeito, a fisioterapeuta e coach Renata Favaron sugere um exercício antes de dormir. “Pense e reflita sobre cinco coisas boas que aconteceram no seu dia. O execício evoca sensações reconfortantes e dá energia.” Para ela, depois de chegar do trabalho é preciso desacelerar. “Depois do jantar, evite assistir programas polêmicos e ouvir música alta.”

Na hora que acordar, segundo Renata, é indicado criar um contato com a natureza: “Olhar três minutos na direção do sol, por exemplo.” E para ela, respiração é fundamental para a boa saúde. “Nos momentos estressantes, faça a respiração longa e regular. Isso acalma o sistema nervoso e tranquiliza a mente.”

Faça massagens

“Exercícios de alongamento e condicionamento físico orientado, massagens para relaxamento muscular e hidroterapia são técnicas que podem combater o estresse”, afirma a reumatologista Vincenzina Santangelo.

Terapia com pedras quentes, por exemplo, podem relaxar e ao mesmo tempo transmitem energia. O tratamento de cura milenar, usado pelos povos indígenas, maias, chineses e russos, provoca adequadamente respostas sedativas e reenergizadoras no corpo.

De acordo com a fisioterapeuta Gisele Martins, os benefícios do método estão no equilíbrio do sistema nervoso e na harmonização entre corpo, mente e espírito.

Dê tempo a você

Tenha dias livres de estresse ou de compromissos estressantes. Armando Ribeiro das Neves Neto, coordenador do Programa de Avaliação do Estresse do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, afirma que é necessário reservar um dia ou um período do dia para fazer o que gosta ou até não fazer nada. “O lazer, reencontrar os amigos, dar-se um presente ou mesmo um carinho pode imunizá-lo do restante do estresse da semana e do mau humor dos outros.”

Para o dia a dia no trabalho, que está cada vez mais sobrecarregado de tarefas desafiantes, ele afirma que é importante desenvolver o equilíbrio emocional e tirar vantagens dos momentos difíceis. “Técnicas de meditação podem ajudá-lo profundamente”, afirma.