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quinta-feira, 5 de abril de 2012

CONHEÇA ALGUNS INSTRUMENTOS DE DEFESA CONTRA O ESTRESSE

Fonte: participação de Alexandre Caprio em matéria publicada pelo Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Cecília Dionizio, em 06/04/2012
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Saude+Sustentavel/89491,,Conheca+alguns+instrumentos+de+defesa+contra+o+estresse.aspx


Saúde Sustentável
› Panela de Pressão
São José do Rio Preto, 6 de Abril, 2012 - 1:45
Conheça alguns instrumentos de defesa contra o estresse

Cecília Dionizio


Divulgação
Alimentação individualizada, meditação e medicamentos são alguns instrumentos de defesa contra a progressão do estresse


O estresse pode levar o ser humano a situações desastrosas, tendo na ansiedade o “carro chefe” para este quadro. No livro “Superando a ansiedade, o pânico e a depressão” (ed. Madras), os autores norte-americanos James Gardner e Arthur H. Bell elencam uma cadeia de experiências que desencadeiam em estresse, como problemas financeiros, pressões no trabalho, cuidado dos filhos, alimentação, fim de relacionamentos e assim por diante.

De acordo com o psicólogo coginitivo-comportamental Alexandre Caprio, de Rio Preto, é difícil encontrar alguém que nunca tenha sentido esses efeitos, até mesmo porque eles fazem parte de nossos mecanismos biológicos de defesa. “Quando o sistema nervoso central interpreta que uma determinada situação oferece algum risco, o corpo fica em alerta.

Sudorese, tremores, tensão muscular, dores de cabeça, perda do controle intestinal e urinário são alguns dos efeitos provocados pelos neurotransmissores em nosso corpo”, explica. O psicólogo lembra que esse estado de alerta origina-se no instinto de preservação da vida que todos os seres vivos possuem. O corpo fica preparado para uma fuga, um ataque ou qualquer outra ação que possa preservar sua integridade quando interpretamos que alguma coisa nos ameaça.

As consequências desses sentimentos é que não são muito boas, porque, de forma desordenada, há o risco do acúmulo de sensações negativas, que podem desencadear não apenas ansiedade e pânico, mas depressão. De acordo com Caprio, o primeiro sinal de que a situação pode “desandar” é a sensação de aceleração do pensamento. “O indivíduo tenta encontrar soluções rapidamente e, na impossibilidade de encontrá-la de imediato, começa a sentir medo e desordenar as informações, não sendo capaz de encontrar uma saída devido ao nervosismo.

Tal situação pode tornar-se um círculo vicioso e acelerar ainda mais, podendo originar situações de pânico. Compulsão, hipocondria, fobias e histerias são transtornos que podem ter origem na ansiedade”, diz. Para os autores norte-americanos, entender a sucessão de elos que formam a cadeia que liga todos estes sentimentos pode ajudar a fazer as correções na forma de viver, pensar e sentir.

E assim, silenciar os alarmes indesejados e improdutivos dos medos inoportunos e desproporcionados. Na ânsia de encontrar alternativas para se livrar da ansiedade, há quem recorra a inúmeras formas de tratamento – o que de fato é válido, uma vez que a única alternativa que não dá retorno é a omissão.


Nutrição funcional

A alimentação, além da psicoterapia e dos tratamentos medicamentosos, também tem se apresentado como uma boa saída para combater algumas doenças. Segundo o nutricionista Fábio Bicalho, de Brasília, a nutrição funcional que une a ciência dos nutrientes de acordo com a individualidade bioquímica pode combater inúmeros problemas de saúde.

Ele explica que este tipo de alimentação, em vez de limitar-se à prescrição de dietas com os alimentos funcionais tidos como saudáveis (o que é saudável para uma pessoa pode causar doença à outra), a nutrição funcional rastreia os sintomas, sinais e características de cada paciente e os relaciona com a carência ou excesso dos nutrientes, corrigindo os desequilíbrios nutricionais que geram sobrecarga no sistema imunológico e desencadeiam “processos alérgicos” tardios, os quais acabam por provocar doenças crônicas como obesidade, depressão, fibromialgia, artrite reumatOide, síndrome do pânico, osteoporose, diabetes, distúrbios de comportamento e hiperatividade infantil, desordens estéticas e alteração na performance física.

A alimentação é baseada no grãos germinados ou “alimentos vivos”, como são conhecidos, considerados alimentos bioativos. Eles recebem esta denominação devido ao processo de germinação que ajuda a garantir o potencial nutritivo do alimento. Segundo a nutricionista Bruna Murta, da rede Mundo Verde, no arroz integral germinado, por exemplo, ocorre a ativação do ácido gama-aminobutírico (Gaba), um neurotransmissor envolvido com os processos de ansiedade que funciona como um agente calmante natural do cérebro, melhora a qualidade do sono, diminui a ansiedade e a pressão arterial, entre outros benefícios.

Meditação

Segundo o iogaterapeuta Rodrigo Yacubian Fernandes, “estudos mostram que a meditação pode trazer um estado de relaxamento profundo, autocontrole e um entendimento mais amplo sobre a realidade e sobre os sintomas, aumentando a aceitação, reduzindo o medo e a ansiedade.”


Divulgação
Psiquiatra defende uso de fármacos

Para o psiquiatra Altino Bessa Marques, de Rio Preto, hoje o consumo de medicamentos psiquiátricos está bastante elevado em virtude do aumento de pessoas conscientes da necessidade de ajuda. Sabe-se, no momento, que 30% da população precisa de alguma forma de tratamento psiquiátrico e/ou psicológico e que, ao longo da vida, serão 60%.

“São taxas alarmantes e ainda piores quando existem 300 psiquiatras brasileiros da infância e adolescência para cerca de nove milhões desta população precisando de atendimento”, diz. Para o médico, é ainda pior a constatação de que, por trás do preconceito de buscar ajuda especializada nesta área, quase sempre existe a automedica-ção com ansiolíticos, cuja prescrição nem sempre é feita por profissionais preparados.

Há quem resista a fazer uso de medicamentos, alegando receio de dependência. Mas o psiquiatra garante que se a prescrição for monitorada, o risco para dependência é bem menor. “Se for levado em conta o risco-benefício, uma pessoa adulta ou na terceira idade pode até ficar dependente e aumentar a sobrevida; ao passo que, se continuar com a ansiedade, pode prejudicar o tratamento e a evolução é algo que não se sabe onde vai dar”, diz.

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