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quarta-feira, 16 de abril de 2008

VOCÊ TEM MEDO DE QUÊ?

Fonte: participação de Alexandre Caprio em matéria publicada pelo Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Francine Moreno, em 16/04/2008
http://www.diarioweb.com.br/noticias/corpo_noticia.asp?IdCategoria=4&IdNoticia=106764


Tipos de fobia
Você tem medo de quê?
São José do Rio Preto, 16 de abril de 2008 
  Lézio Júnior/Editoria de Arte  

Francine Moreno


Alguns têm medo de água. Outros, de certos animais. Tem gente que não consegue ficar em espaços fechados. E muitos entram em parafuso ao ver sangue ou andar de avião. O fato é que, de uma forma ou outra, existem muitas pessoas dominadas pela fobia, que literalmente quer dizer medo. Um medo persistente, irracional e desproporcional de um objeto específico, atividade ou situação que muitas das vezes não são realmente perigosas e, como resultado, a necessidade incontrolável de evitar o que desencadeia o medo. Agorafobia, amaxofobia, ciberfobia, glossofobia, hipsiofobia e rupofobia. Essa estranha relação de nomes diz respeito a algumas das fobias que, por causa da tamanha gravidade, ganham atenção de especialistas que buscam formas de informar, diagnosticar e solucionar o problema. De acordo com a hipnoterapeuta practitioner diplomada pelo London College of Clinical Hypnosis e supervisora do Centro de Hipnose Clínica Ibérico Sofia Morgado, falar de fobia é falar em medo, é remeter-se à infância. Medo do escuro, do homem do saco, do mostro que fica embaixo da cama ou atrás do armário.

“Muitos pais não sabem, mas essa forma usada para castigar os filhos pode desencadear e fazer surgir as fobias. Medos esses que podem se tornar algo mais sério para a saúde, gerando outros problemas, como ansiedade e depressão.” Para a especialista, a fobia pode então ser definida como um medo irracional e exacerbado. “Podemos encontrar fobias de água (hidrofobia), do ar (aerofobia), de certos animais (como, por exemplo, a aracnofobia ou a felinofobia), da morte (necrofobia), de espaços fechados (claustrofobia), entre outras.” Por uma questão de praticidade e simplicidade nas nomenclaturas foram definidos três tipos de fobias: fobia específica, fobia social e agorafobia, com ou sem transtorno de pânico associado, informa a especialista.

Tonturas, inquietação, palpitações, taquicardia, formigamentos, tremores, suores excessivos, confusão, sensação de falta de ar, são algumas das manifestações sintomáticas que poderão ser somáticas ou cognitivas da doença. Sendo assim, a especialista destaca na medida em que a fobia afeta a vida de suas vítimas e o momento em que elas começam a senti-la de forma persistente e perturbadora, é quando precisamos tomar uma atitude. “Quando o medo atinge tais proporções na vida de alguém é necessária ajuda para vencê-lo e aprender a lidar com a ansiedade.” A abordagem terapêutica mais comum na fobia específica será talvez a dessensibilização sistemática e com muito bons resultados. “Mas cada pessoa é diferente e assim o seu universo de experiências, como tal deverá ser o seu tratamento.”

Ansiedade
Nos tempos das cavernas, a ansiedade servia como um alerta biológico para uma situação de risco. Era importante e ainda é em alguns casos atuais, para a preservação da vida, pois acelera o pensamento na tentativa de encontrar uma solução imediata para um perigo que a mente entende estar muito próximo, revela o psicoterapeuta cognitivo-comportamental Alexandre Caprio. “Você já se pegou extremamente nervoso por uma situação que não aconteceu ou que talvez nem fosse acontecer? Ou já foi tomado por uma aflição ou indisposição antes de um exame ou avaliação para um emprego? Se a resposta para alguma dessas perguntas foi sim, então você já sentiu os efeitos da ansiedade.” A ansiedade e qualquer outro transtorno devem ser tratados quando forem notados prejuízos no desenvolvimento normal das atividades do dia-a-dia, sejam elas físicas, sociais ou mentais.

Cuidados com as fobias
Além de um medo intenso e desejo de fugir ou evitar os estímulos que desencadeiam o medo, a fobia desenvolve outras sensações maléficas à saúde, explica o psicólogo, especialista em psicologia clínica e mestre da USP - Universidade de São Paulo Alexandre Rivero. Em entrevista, o especialista explica as consequências, os sintomas e tratamentos da doença.

Diário - Pode ocorrer um ciclo vicioso de fobias?
Alexandre Rivero - Sim, o não-enfrentamento reforça outras fobias.

Diário - Existem características associadas?
Alexandre Rivero - Pessoas com transtorno de ansiedade ficam mais predispostas às fobias, bem como pessoas que estabelecem pensamentos catastróficos, exagerados e intensificadores.

Diário - Qual é o melhor tratamento?
Alexandre Rivero - Recomendo terapia cognitivo-comportamental. Além disso, existem variações das técnicas fundamentais de tratamento.

Diário - Fobias dificultam a ascensão profissional? O que fazer quando isso acontece?
Alexandre Rivero - Fobias limitam a vida profissional e pessoal. O ideal é buscar tratamento psicológico.

As mais comuns:


:: Acrofobia - medo de altura
:: Afania - medo de perder a capacidade sexual
:: Agorafobia - medo de espaços abertos
:: Aracnofobia - medo de aranha
:: Claustrofobia - medo mórbido de espaços fechados
:: Eclesiofobia - medo de igreja
:: Elurofobia - medo de gatos
:: Ergofobia - medo de trabalho
:: Eurotofobia - medo dos órgãos genitais femininos
:: Fobia social - medo de humilhaçãoemlocais públicos
:: Fobofobia - medos de fobias
:: Gamofobia - medo de casar
:: Misofobia - medo de ser contaminado com sujeira
:: Nictofobia - medo de escuro
:: Papirofobia - medo de papel
:: Siderodromofobia - medo de trens e viagens de trem
:: Tanatofobia - medo da morte ou de morrer
:: Telefonofobia - medo de telefones
:: Xenofobia - medo de estranhos ou estrangeiros
:: Zoofobia - medo de animais
   

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