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sábado, 17 de maio de 2008

CONFIE NA VIDA

Fonte: participação de Alexandre Caprio em matéria publicada pelo Jornal Diário da Região (São José do Rio Preto/SP), jornalista Rita Fernandjes, em 17/05/2008
http://www.diarioweb.com.br/eventos/corpo_noticia.asp?idGrupo=7&idCategoria=42&idNoticia=108222


Comportamento
Confie na vida

  Orlandeli/Editoria de Arte  
Rita Fernandjes


Confiança e limite. Essas palavras andam sempre juntas - uma para nos empurrar aos desafios da vida e outra para nos fazer frear quando necessário. De acordo com a psicóloga Anita Lofrano, professora da Unip e presidente do Instituto Riopretense de Psicodrama, as pessoas devem perceber que são “donas do momento”, ou seja, cabe a cada um fazer a melhor escolha agora. O problema é que muitos sentem medo do desconhecido e, por isso, ficam paralisados. “Como diziam antigamente, se a gente não dominar a vida, seremos levados por ela”, diz. O medo pode ser por experiências do passado ou de terceiros, como destaca o psicólogo cognitivo-comportamental Alexandre Caprio. “Aprendemos pelas vivências das outras pessoas porque somos o único ser pensante, então transferimos experiências ruins de terceiros para a nossa vida”, diz. Segundo Caprio, o ser humano usa a comparação como justificativa para não ter de enfrentar a situação.

A professora da Unip explica a importância da pessoa rever o passado para tirar a melhor lição possível de experiências negativas anteriores. “É preciso fazer uma resignificação do passado, ou seja, resolver aquela situação porque a nossa vida é como um filme, só que a fita não volta. Ela só anda para a frente”, afirma Anita. A presidente do Instituto Riopretense de Psicodrama explica que somente depois de rever e resolver as mágoas do passado é possível obter novamente a confiança. A fé - seja religiosa, na vida, em projetos ou em um determinado sonho - é um instrumento fundamental para obter a confiança. “Somente com confiança e reconhecendo os limites é que podemos nos atirar de braços abertos para vida”, diz Anita. Segundo Caprio é a falta de confiança que impede as pessoas de crescerem, ou seja, de trocar de emprego, de cidade, de relacionamento e até de estilo de vida. “Primeiro precisamos organizar todas as informações, de forma que não seja tendenciosa para o resultado negativo. Com as informações certas, a confiança é uma conseqüência natural”, explica o psicólogo cognitivo-comportamental.

Vitimização
De acordo com Anita, algumas pessoas têm mais dificuldade em se “atirar” para a vida. “Geralmente são pessoa com síndrome de vitimização. Isso é um tipo de neurose”, afirma. Anita explica que a pessoa se sente um eterno sofredor - seja para chamar a atenção de entes queridos, seja para não ser responsabilizado pelos seus atos. “A pessoa passa a ter o controle da situação. Geralmente são pessoas imaturas. Por mais que os outros tentem, essa pessoa sempre vai achar que com ela não dará certo”, afirma. Neste casos, a confiança tem de partir de terceiros. “Não podemos entrar no jogo dessas pessoas. Não podemos deixar que elas dominem a situação, mesmo que para isso sejamos duros. Somente assim podemos ajudar quem sofre de vitimização”, orienta a psicóloga.

Bom humor
Outra dica de Anita para adquirir confiança é ter a mente positiva. “Não no sentido banal, mas pensarmos que, apesar das limitações, aquela ação tem tudo para dar certo”, diz. A mente sadia também depende do bom humor. “Hoje, somos engolidos pelo estresse e deixamos de lado palavrinhas mágicas, como ‘muito obrigada’, ‘por favor’, ‘bom-dia’ e ‘boa-tarde’. São pequenos gestos que ajudam a transformar nosso dia-a-dia”, afirma. “Não custa cumprimentar a pessoa no elevador e dizer ‘muito obrigado’ para nossos pais, filhos e marido. Isso nos faz sentir melhores”, diz Anita.

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